Entrevista concedida a Alex Bessas (O Papel) - Questão 3


QUESTÃO 3:
Desde 12 de abril deste ano o aborto de feto anéncefalo (sem cérebro) pode ser
realizado legalmente em clínicas de todo pais. A decisão tomada pelo Supremo foi votada por
dez ministros, sendo oito favoráveis à legalização.
Antes e depois da decisão lideranças religiosas promoveram passeatas e
manifestações defendendo que mesmo em gestação o feto deve ser considerado um ser vivo,
de maneira que o aborto se equipararia ao assassinato. Também questionaram os
desdobramentos da decisão: para eles a aprovação mostra a tendência de que o aborto de
maneira geral seja legalizado.
Outras marchas (idealizadas por grupos feministas, principalmente) sairam as ruas para
defender que este é um direito da mulher. Para eles obrigar a gestação por nove meses de um
feto que não teria chances de vida seria algo semelhante a tortura. Outra ponto discutido foi se
cabia ao Estado decidir se a mulher deve ou não gerar uma criança.
Como você se porta em relação ao polêmico tema?
(Considere para sua resposta: direitos da mulher e vida)

RESPOSTA 3: 
A anencefalia é uma malformação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária.
Ao contrário do que o termo possa sugerir a anencefalia não caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em que se observam graus variados de danos encefálicos. A dificuldade de uma definição exata do termo "baseia-se sobre o fato de que a anencefalia não é uma má-formação do tipo 'tudo ou nada', ou seja, não está ausente ou presente, mas trata-se de uma má-formação que passa, sem solução de continuidade, de quadros menos graves a quadros de indubitável anencefalia. Uma classificação rigorosa é, portanto quase que impossível".
Na prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes dotronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.
Trata-se de patologia letal. Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de gestação, através de um exame de ultra-sonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal.
O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada. Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido fólico antes e durante a gestação
Em meu pensamento, só Deus tem o direito de tirar avida. Em minha opinião, o que é necessário é uma política pública onde osgovernantes desenvolvam leis onde beneficiem as pessoas portadoras de algumadeficiência ou má formação para que a família seja assistida por qualquerdeficiência que todos nós estamos sujeitos a ter. Eu não gostaria de ter sidoabortado caso fosse um anéncefalo,porque acredito em Deus e ele sabe o que faz.

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