Em 17 de maio as Univsersidades Federais começaram o processo de paralisação.
Servidores da rede pública de educação superior estão em greve a quase 90 dias e as
negociações ainda não acabaram. No dia 6 de agosto foi a vez da Polícia Federal anunciar
uma paralisação. As recentes manifestações dos dois setores demonstram o caráter cuidadoso
com que se deve tratar o funcionalismo público.
O Governo Federal até tentou descontar do salário dos grevistas os dias parados, mas
uma liminar judicial deu 48 horas para que o dinheiro fosse devolvido aos servidores. As
paralisações reacendem debates como o direito à greve e as obrigações do Estado em
relação, por exemplo, a oferecer educação a nível superior.
Ainda sem saber quando e qual será o fim, gostaria que discorresse sobre suas
impressões enquanto cidadão no que diz respeito a esses movimentos trabalhistas.
(Considere para sua resposta: direitos do trabalhador e funcionalismo público)
RESPOSTA 5:
Greve é a cessação colectiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de
obter benefícios, como aumentam de salário,
melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por
extensão, pode referir-se à cessação colectiva e voluntária de quaisquer
actividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo (de conformidade
com a "Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)".
A palavra origina-se do francês grève, com o mesmo sentido,
proveniente da Place de Grève, em Paris, na margem do Sena, outrora
lugar de embarque e desembarque de navios e depois,
local das reuniões de desempregados e operários insatisfeitos com as condições
de trabalho. O termo grève significa, originalmente,
"terreno plano composto de cascalho ou areia à margem do mar ou do
rio", onde se acumulavam inúmeros gravetos. Daí o nome da praça e o
surgimento etimológico do vocábulo, usado pela primeira vez no final do século XVIII.
Originalmente, as greves não eram
regulamentadas, eram resolvidas quando vencia a parte mais forte. O trabalho
ficava paralisado até que ocorresse uma das seguintes situações: ou os operários
retornavam ao trabalho nas mesmas ou em piores condições, por temor ao desemprego, ou o
empresário atendia total ou parcialmente as reivindicações para que pudessem
evitar maiores prejuízos devidos àociosidade.
As greves no Brasil tiveram
seu início ainda no século XIX. No
começo do século XX, aGreve Geral de 1917 foi um marco importante na história do movimento operário brasileiro.
Com aindustrialização promovida durante a presidência de Getúlio Vargas aumentou o número de trabalhadores e as pressões por melhoras nas
condições de vida e trabalho. Contudo, nessa época, os assuntos eram tratados a
nível dos "Chefes Sindicalistas"(muitos desses chamados de
"capachos", pois costumavam trair a causa trabalhista, através da corrupção, muito
comum no Brasil nessa
época), com o crescimento do número de sindicalistas honestos e o desaparecimento
natural dos que costumavam aceitar a corrupção, e o
aumento das reivindicações que se tornavam difíceis de controlar, pelos empresários de então, foi quando por pressão popular junto ao Estadode Direito, em que
as cortes consideravam-nas legais ou ilegais com base na possibilidade
econômica do reajuste ou aumento salarial do Estado, eram e foram proibidas as reivindicações
que extrapolavam a capacidade econômica das empresas, pois
feriam ao Estado de Direito, à
"máquina produtora e arrecadadora do Estado(à Nação, como um todo)", no período
militar, os chamados Anos de chumbo, nos anos
de 1964 - Quatro
Planos Qünqüenais de Desenvolvimento - PNDs, Planos Nacionais de
Desenvolvimento. No entanto, houve paralisações neste período, como as famosas
greves de Contagem (MG) e Osasco (SP), em 1968, e as greves do ABC, no final
da década de 1970, que
atrapalharam em muito o desenvolvimento do Brasil, dando-se muitas vezes, pela força dos
sindicatos mais fortes reajustes que o sistema como um todo não pode absorver,
causando o que se chamou mais tarde de "Estagflação", mais tarde após
o período da abertura política iniciada em 1985, junto com as medidas econômicas, muitas
delas sem fundamento, nos chamados "Planos Econômicos", período em
que o Brasil teve
aproximadamente 7 (sete) moedas diferentes; se considerarmos os meios
intermediários de crédito(que não deixa de ser moeda), utilizados formalmente e
intermediariamente, com uma série de tabelas ou "tablitas(como eram
conhecidas)", de ajuste. A greve deve ser democrática, ser legal, aprovada
pelos meios institucionais vigentes, estabelecidos, na época na Constituição de 1946, que
estabelecia o chamado Estado de Direito vigente, junto com os chamados Atos
Institucionais(AIs).
A greve é um dispositivo
democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição federal Brasileira de 1988.
"Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei."
Outras leis regulamentam a greve
em setores de extrema importância social como, saúde, educação, segurança
pública, entre outros.
No meu ver, todo mundo deveria ganhar um salário digno, oque deveria elevar seu salário é sua produtividade. As greves, além de trazergraves consequências, trazem também um prejuízo para toda a população. Devehaver para qualificar e melhorar os estabelecimentos as quais estão sendofeitas as reivindicações.Nada mais justo do que reivindicar, porém lembrar que não deve afetar osegmento da sociedade.
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